Título: Analistas prevêem ganho de R$ 5,5 bi
Autor: Monteiro, Tânia
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/05/2008, Economia, p. B11

Estimativa aponta aumento dos ganhos da Petrobrás de 33,7% no 1º trimestre, ante mesmo período de 2007

A Petrobrás deve ter um lucro 33,7% maior no primeiro trimestre em 2008, em relação ao mesmo período no ano passado, segundo a projeção de seis analistas de mercado para o balanço financeiro da estatal previsto para ontem. Segundo a média das prévias realizadas pelo Unibanco, Fator Corretora, Ágora, Banif, Brascan e JP Morgan, o lucro da estatal será de R$ 5,524 bilhões, ante R$ 4,131 bilhões nos primeiros três meses de 2007.

O resultado seria divulgado ontem em Salvador, onde dirigentes da companhia participaram de cerimônia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a companhia adiou o anúncio para segunda-feira. Segundo os analistas, a melhora no resultado da estatal também deverá ser sentida na receita líquida, que deve chegar a R$ 45,186 bilhões, o que representa alta de 16%. Já o Ebitda deve subir 18%, para R$ 12,972 bilhões.

Apesar da defasagem nos preços dos combustíveis no primeiro trimestre - gasolina e diesel só foram reajustados no dia 1º de maio -, o resultado da empresa será beneficiado pelo fato de não haver despesas extras no início do ano. Nos primeiros meses de 2007, lembra o analista da Ágora Luiz Otávio Broad, houve impacto negativo do plano de previdência Petros.

Para Felipe Cunha, do Brascan, outro ponto positivo para os resultados da companhia é a desvalorização do dólar ante o real, de cerca de 2,7% entre o primeiro trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2008. O câmbio contribuiu para reduzir o impacto da alta do petróleo internacional nos resultados da empresa. O próprio preço alto do petróleo também é visto por analistas como tendo sido bem ¿aproveitado¿ pela empresa, por causa de um pequeno crescimento em seu ritmo de produção em relação ao mesmo período no ano passado.

Os analistas estão otimistas com os resultados da estatal esperados para os próximos dois trimestres, principalmente por dois motivos. O primeiro deles é o reajuste anunciado pela estatal em 30 de abril, de 15% para o diesel e de 10% para a gasolina, reduzindo a diferença em relação aos preços internacionais. O segundo ponto é a entrada de novas plataformas de produção e o alcance de picos na operação de unidades que entraram em atividades no fim do ano passado, o que deverá puxar um maior aumento na produção média nacional.

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