Título: Petrobras tem lucro recorde de R$ 15,7 bi.
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Fonte: O Estado de São Paulo, 12/08/2008, Nacional, p. A6

A companhia conseguiu melhorar o resultado no exterior mesmo com dificuldade de produção e refino lá fora. A produção recuou 7% por causa da menor intensidade em campos dos Estados Unidos , Argentina, e Angola. No refino, também houve menor capacidade de produção de combustíveis, de 39%. Refinarias nos Estados Unidos e Argentina, além da venda das unidades na Bolívia, derrubaram o refino de derivados. Ao mesmo tempo em que a receita líquida da Petrobras cresceu 25% e alcançou a marca de R$ 101,4 bilhões no semestre, as despesas operacionais recuaram 5,6%. O valor de mercado da empresa atingiu R$ 457 milhões no mercado. A geração de caixa também foi recorde (R$ 37,2 bilhões) e o endividamento recuou 3%. A taxa de alavancagem da empresa, que aumenta conforme os investimentos, diminuiu, de 21% para 19% de um semestre para o outro. Mas deve subir significamente, para até 35%, quando a Petrobras começar a se prepara para desenvolver os gigantescos campos do pré-sal, conforme antecipou Barbassa. Enquanto o pré-sal da Bacia de Santos não começa a produzir para valer, a produção de petróleo e gás natural continua concentrada na bacia de Campos. Com cinco novas plataformas, a extração de petróleo e gás cresceu 4%. Até a virada do ano, a Petrobras espera a entrada em produção de três novos sistemas para os campos de Jabuti, Marlim Sul e Marlim Leste, que deverão aumentar a capacidade de produção da empresa em mais 460 mil barris por dia. O aumento de produção no primeiro semestre não foi suficiente para manter o nível das exportações, já que o consumo no País, sobretudo de diesel, disparou. A Petrobras informou que continuou superavitária, vendendo mais petróleo do que importando. Mas a área de abastecimento apresentou prejuízo de R$ 615 milhões. No semestre de 2006, houve ganho de R$ 4,4 bilhões. "As importações cresceram mais do que as exportações, pelo aumento do consumo do mercado doméstico. Com a maior demanda por diesel, a empresa comprou mais óleo leve", disse Almir Barbassa. As importações de petróleo e derivados chegaram a 594 mil barris por dia no período, um incremento de 18% sobre o verificado no primeiro semestre de 2007. Já as exportações aumentaram apenas 2%, chegando a 621 mil barris por dia de janeiro a junho. Em compensação, as áreas Internacional e de Gás e Energia da Petrobras conseguiram reverter o prejuízo registrado no semestre anterior. Com maior oferta de gás natural, a Petrobras alcançou lucro de R$ 237 milhões nesta área no segundo trimestre. No exterior, companhia obteve lucro de R$ 343 milhões após prejuízo de R$ 27 milhões. Os investimentos da Petrobras atingiram R$ 20,899 bilhões no primeiro semestre deste ano, representando uma aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo intervalo de 2007, houve queda de 6,89%, passando de R$ 11,495 bilhões para R$ 10,702 bilhões. Ganhos da Cesp sobem 108% A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) registrou lucro líquido de R$ 97,6 milhões no segundo trimeste de 2008, crescimento de 108,4% quando comparado aos R$ 46,9 milhões alcançados no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 281,8 milhões, 8,6% acima dos R$ 259,3 milhões alcançados no segundo trimestre de 2007. As vendas de energia período somaram R$ 720,1 milhões, alta de 11,5% na comparação o ano passado. A receita operacional líquida da estatal aumentou 11,3% sobre o mesmo intervalo do ano anterior, totalizando R$ 602,1 milhões. A empresa fechou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 5,6 bilhões. A Cesp controla hoje seis usinas hidrelétricas, com um total de 57 unidades geradoras, que possuem capacidade de 7.456 megawatts (MW).