Título: Estatal e a Reliance avaliam associação
Autor: Pamplona, Nicola
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/08/2008, Economia, p. B5

A Petrobrás está negociando com a companhia indiana Reliance a composição de uma parceria para investimentos na área petroquímica em Pernambuco, informou ontem o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, também não está descartada a possibilidade de uma participação da Reliance na composição acionária do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

¿Mas estas conversas são ainda muito preliminares. Estamos avançando mais rapidamente com relação a Pernambuco¿, disse Costa, em entrevista no Ceará. Ele argumentou que a parceria é estratégica porque a Reliance é ¿muito forte no segmento petroquímico em seu país¿.

Segundo Costa, a Petrobrás já enviou à Índia técnicos e executivos para conhecer de perto sua experiência no setor. De acordo com o diretor, inicialmente o interesse da estatal junto à Reliance é para que ela entre como parceira em uma unidade de PTA (ácido tereftálico purificado), um tipo de resina usado nas indústrias de plásticos e de POY (fibra de poliéster), utilizada na indústria têxtil.

A estatal já tem esses projetos encaminhados para serem instalados no Pólo Petroquímico de Suape, ao lado da Refinaria Abreu e Lima, que será construída pela estatal, em parceria com a PDVSA.

Outra possibilidade é de que Petrobrás e Reliance se juntem para investir num novo projeto para a construção de uma unidade de PET. Se for confirmada esta unidade de PET, as duas empresas terão que enfrentar a concorrência da italiana Mossi & Ghisolfi (M&G), a maior unidade mundial de produção de resina PET, que pretende se instalar no Pólo de Suape.

Indagado sobre as negociações junto a PDVSA, sua parceira de investimentos na refinaria de Pernambuco, Costa disse que as negociações estão mantidas e que está sendo finalizado no momento o contrato para o fornecimento do óleo a ser processado na unidade, que virá da Venezuela.