Título: Petrobras lança na próxima semana licitação de sondas que beira US$ 20 bi
Autor: Newswires, Dow Jones
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/10/2009, Economia, p. B9

A Petrobrás lança na próxima semana uma megalicitação para a encomenda de 28 sondas de perfuração em águas ultraprofundas que serão construídas pela primeira vez no Brasil. As estimativas são de que o negócio gire em torno de US$ 20 bilhões e crie cerca de 30 mil empregos. Todas as unidades serão entregues entre 2013 e 2017, para atuar em áreas do pré-sal.

A previsão é de que as propostas sejam entregues em quatro meses. A licitação será dividida em três lotes, detalhou ontem o diretor da Área de Serviços da estatal, Renato Duque. No primeiro lote, o vencedor vai arrematar sete plataformas de uma vez. "A ideia é dar escala para possibilitar a instalação de um novo estaleiro no País", disse.

As sete primeiras serão de propriedade da estatal; as demais serão afretadas. "A diferença desse afretamento para os que a estatal fazia até hoje é que todas estas novas sondas serão construídas no Brasil. Vamos exigir conteúdo nacional de equipamentos que eram 100% importados."

Segundo ele, será feito um escalonamento do conteúdo nacional: as duas primeiras sondas terão 25% de conteúdo nacional; as três seguintes, passam para 40% e, depois disso, para pelo menos 50%.

O segundo pacote que será lançado prevê um prazo oito meses inferior para construção, para 40 meses. Serão apenas duas plataformas, construídas simultaneamente por estaleiros diferentes. Já o terceiro pacote não tem volume definido de unidades a serem ofertadas. ""Podemos chegar a até 19, mas dependerá da resposta do mercado."

A encomenda de 28 sondas faz parte de um pacote maior, de 40. As 12 primeiras já foram contratadas no mercado internacional, já que a indústria brasileira não teria condições de cumprir os prazos de operação da primeira unidade em 2011.

Segundo Duque, a demanda da estatal está atendida para o período até lá. A companhia, no entanto, prevê o deslocamento de duas sondas que deveriam começar a atuar no pré-sal da Bacia de Santos este ano, para que façam os trabalhos fora das áreas de concessão.