Título: Cópias roubadas já foram queimadas, informa polícia
Autor: Pompeu, Sergio
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/10/2009, Vida&, p. A16

Viraram cinzas as provas roubadas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Polícia Federal apurou que Felipe Pradella, de 32 anos, o suposto mentor do golpe, incinerou os dois cadernos que foram subtraídos da área de impressão da gráfica Plural nos dias 21 e 22 de setembro. Com essa atitude, o principal acusado da trama deu um fim aos documentos que poderiam servir de prova material contra ele e seu grupo.

A informação foi levada à PF por Marcelo Sena, um dos investigados. Ele disse que foi Pradella quem lhe contou ter ateado fogo aos papéis. Pradella foi indiciado por violação de sigilo funcional, peculato e extorsão contra a jornalista Renata Cafardo, do Estado.

Para a PF o caso está encerrado. "A Polícia Federal trabalhou rápido para dar uma resposta ao País", declarou o delegado federal Humberto Prisco.

Indagado sobre os motivos de nenhum suspeito ter sido preso, o delegado Marcelo Sabadin afirmou: "A polícia trabalha com a lei, não com o clamor público. Não cabe aqui prisão temporária ou preventiva."

A PF acredita que o plano de procurar a imprensa partiu do DJ Gregory e Pradella. Eles negaram ter pedido dinheiro. Disseram que seu único interesse era divulgar um "furo jornalístico". "É um direito da defesa", disse Sabadin.