Título: Tribunal livra Yeda Crusius de ação de improbidade
Autor: HAHN, SANDRA; OGLIARI, ELDER
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/10/2009, Nacional, p. A10

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região (RS, SC, PR) excluiu ontem a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), de ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. A decisão foi emitida em julgamento de recurso apresentado pelo advogado da tucana, Fábio Medina Osório.

O tribunal considerou que Yeda, por ser agente política, não poderia ser processada por improbidade, apenas por crime de responsabilidade. A ação contra ela e oito pessoas ingressou na Justiça Federal no dia 5 de agosto. O Ministério Público vai recorrer da decisão.

A ação foi baseada em investigações da Operação Rodin, da Polícia Federal, que resultou na denúncia, em maio do ano passado, de 44 pessoas por ligação com esquema de desvio de R$ 44 milhões do Detran-RS. Para a oposição, a decisão do tribunal "não significa absolvição" de Yeda. "Ela apenas não figura mais como ré no processo", disse o PT, por meio de nota.

Na semana passada, a comissão especial encarregada de analisar o processo de impeachment aprovou relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB) que propõe arquivar o caso. Agora o caso será submetido ao plenário da Assembleia, onde Yeda tem ampla maioria.

RICHA ISENTO

O Ministério Público Eleitoral do Paraná descartou o envolvimento direto do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), em supostas irregularidades nas eleições municipais de 2008 e pediu arquivamento das denúncias contra ele, mas orientou para mais investigações a respeito de possível caixa 2.

O procurador eleitoral Néviton de Oliveira Batista Guedes encaminhou o parecer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e à Justiça Estadual. A denúncia contra Richa foi feita em junho. No Twitter, o prefeito comentou: "Provado que as denúncias feitas contra mim eram falsas e tinham objetivo de forjar armação política."