Título: Conselheiros também já tentaram criar privilégios
Autor: Gallucci, Mariângela ; Recondo, Felipe
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/10/2009, Nacional, p. A8

Criado para moralizar o Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) enfrenta, de tempos em tempos, pressões para aumentar a estrutura, ter um prédio próprio e mais mordomias, como uma frota de carros privativos. Há quem defenda que o órgão tenha status de tribunal superior.

Em reunião recente, o pedido de benesses, feito na gestão da ministra Ellen Gracie (2006-2008), voltou à tona. Mais uma vez a resposta foi negativa para a ideia de um carro para cada conselheiro.

Em geral, as sessões ocorrem a cada 15 dias. Os que não vivem em Brasília recebem diárias para cobrir gastos com hotel. Fora da cidade, os conselheiros podem despachar por meio de um sistema de processo eletrônico via internet.

Atualmente, o órgão funciona em salas de um edifício anexo ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, e em um prédio da Asa Norte. Cada conselheiro tem um gabinete com três mesas, assessor e estagiário. Alguns defendem a mudança para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve sair da sede atual em 2011, no Setor de Autarquias Sul, para um prédio que está em construção em uma área próxima ao STF.