Título: PMDB oposicionista traça plano para resistir à aliança com PT
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Fonte: O Estado de São Paulo, 20/10/2009, Nacional, p. A4

Com a avaliação de que atualmente não controla a maioria dos delegados do partido, o chamado PMDB oposicionista prepara ofensiva em Estados onde o apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ainda não está consolidado. Peemedebistas que são contra a aliança com o PT intensificarão a resistência à direção nacional do partido, que deve anunciar hoje o apoio à candidatura Dilma em jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do PMDB e líderes partidários - um dos principais nomes da ala governista, o presidente da Câmara, Michel Temer, é cotado para ser o vice.

A ideia é trazer para a seara oposicionista diretórios em que a situação está indefinida ou onde há espaço para negociação, como Minas, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Bastiões da oposição, Pernambuco e São Paulo, onde o PMDB é controlado pelo senador Jarbas Vasconcelos e pelo ex-governador Orestes Quércia, respectivamente, defendem aliança com o PSDB. Ontem Quércia conversou com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, para aprofundar o contra-ataque. "Agora o esforço é para organizar (a oposição à tese de apoio a Dilma)", disse Quércia, para quem a instância legítima de definição das alianças do PMDB é a convenção nacional em junho.

Ao mesmo tempo em que os oposicionistas tentarão angariar esforços contra o apoio sistemático à candidatura do Palácio do Planalto, vão cobrar do PSDB uma definição mais rápida sobre o candidato a presidente - os governadores de São Paulo, José Serra, e Minas, Aécio Neves, se colocaram na disputa, o que criou uma indefinição que tende a ser resolvida somente no ano que vem. "Quanto mais cedo o PSDB resolver, mais fácil fica enfrentarmos os problemas no PMDB", afirmou Jarbas, dando força à tese de antecipação do anúncio da candidatura tucana, defendida também pelo DEM.

Apesar de o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, ter colocado condições para apoiar nacionalmente o PT, o Diretório Estadual diz que a aliança é rejeitada. "Aqui, 99% dos Diretórios Municipais se manifestaram pela candidatura própria. A segunda opção é o acordo com o PSDB", disse o presidente estadual da legenda, Esacheu Nascimento.