Título: Família diz que doença evoluiu rápido
Autor: Tavares, Bruno
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/10/2009, Vida&, p. A22

A família de Cipriano Sincaruk, de 40 anos, estranhou a rapidez com que o tumor no cérebro dele evoluiu. "A gente não entende muita coisa, não dava para discutir com o médico. Mas agora as coisas começam a fazer sentido", disse Maria Gorete de Souza, mulher de Sincaruk, ao ser informada pelo Estado das suspeitas de irregularidades no serviço de radioterapia do Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.

Os primeiros sintomas da doença surgiram em março de 2007. Primeiro, vieram as cãibras nas pernas. Depois, convulsões. Operado às pressas, Sincaruk passou a se dividir entre as sessões de quimioterapia, na Santa Casa de Santos, e de radioterapia, na Beneficência Portuguesa.

"Ele fez 48 sessões de radioterapia com o dr. Hilário", lembra a mulher, que acordava às 3 horas para se deslocar de Juquiá, na Baixada Santista, até Santos. "Se era a hora dele, tudo bem. Mas não precisavam ter feito isso com a gente."