Título: Tivit esperou dois anos por IPO
Autor: Aragão, Marianna
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/11/2009, Economia, p. B14

Por dois anos, os donos da Tivit, empresa de terceirização de serviços de tecnologia, estudaram a possibilidade de abertura de capital. Aí, veio a crise econômica, que dragou o dinheiro dos investidores e engavetou o plano. Este ano, porém, a história teve um final feliz. No dia 25 de setembro, a Tivit finalmente fez seu IPO (a oferta inicial de ações), o segundo do ano na Bovespa.

O movimento em direção ao mercado de capitais começou no início de 2007, mas a instabilidade no mercado paralisou os planos. Enquanto isso, com sócios como o Banco Pátria e a Votorantim, a Tivit ganhava força e melhorava os atrativos para os futuros investidores. Desde 2001, por exemplo, ela já era administrada segundo regras da governança corporativa.

Pouco mais de um mês depois de passar a negociar ações na bolsa, Luiz Mattar, presidente da Tivit, ainda se acostuma à nova rotina. Precisou ajustar a agenda e hoje se dedica mais aos analistas e acionistas do que aos funcionários e fornecedores. A primeira surpresa de Mattar na nova fase da empresa aconteceu ainda no final do processo de abertura de capital. O preço da ação ficou em R$ 15,00 - 9% abaixo do preço mínimo previsto. A captação foi de R$ 660,7 milhões.

Mattar acredita que o IPO aconteceu no momento ideal. "Em 2007, a precificação das ações teria sido superior. Mas hoje estamos mais preparados para lidar com o mercado. Estamos mais sólidos, com uma geração de caixa maior", disse. Agora, com mais dinheiro em caixa, ele faz planos: "O IPO deu mais visibilidade à empresa. Temos uma moeda de troca para fazer um movimento internacional ou aquisições pontuais no mercado interno."