Título: Lula criticou racionamento e tarifas em 2002
Autor: Oliveira, Clarissa ; Duailibi, Julia
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/11/2009, Nacional, p. A4

Empenhado em mostrar-se como "Lulinha paz e amor", evitando críticas aos adversários e ao governo Fernando Henrique Cardoso, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva praticamente não falou, durante a campanha eleitoral de 2002, do apagão que, no ano anterior, provocou racionamento de energia e desaceleração econômica no País.

Em abril daquele ano, porém, antes do início formal da campanha, Lula atacou diretamente FHC por conta da iniciativa do governo de aumentar as tarifas de energia para cobrir prejuízos das empresas distribuidoras de energia com o racionamento. Em carta ao presidente, o petista disse que a medida provisória com esse objetivo carecia de "sustentação legal e moral".

A resposta do governo foi dada por Pedro Parente, então chefe da Casa Civil e coordenador do chamado "ministério do apagão", que acusou Lula de agir com ""má-fé" e manifestar uma ""miríade de disparates"". D.B.