Título: CPI do MST terá visitas em vez de depoimentos
Autor: Pires, Carol
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/12/2009, Nacional, p. A8

A CPI do MST aprovou ontem o plano de trabalho para as investigações. O relator da comissão, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), optou por não convocar audiências de autoridades e sim fazer-lhes "visitas". A ideia é evitar constrangimentos aos representantes do governo. Tatto também já marcou a data de encerramento da CPI: 21 de junho de 2010, quando deverá ocorrer, segundo suas previsões, a votação do relatório final.

Devem ser visitados o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, e o ministro da Justiça, Tarso Genro. O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, e o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, completam a lista.

Apesar de o requerimento de criação da CPI falar em investigação dos contratos entre a União e entidades que promovem a reforma agrária, os ministros Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, e Reinhold Stephanes, da Agricultura, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, foram deixados de fora das visitas. A oposição criticou o plano de trabalho, mas o referendou. O texto foi aprovado por unanimidade.