Título: Sepultamento de irmãs soterradas ocorrerá somente após alta dos pais
Autor: Carranca, Adriana
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/01/2010, Metropole, p. C4/5/6

Foi enterrado ontem no Cemitério São João Batista, em Botafogo, o corpo do empresário Renato de Assis Repetto, de 50 anos, uma das quatro vítimas da mesma família na tragédia de Ilha Grande. Renato alugou duas casas na Enseada do Bananal para passar o réveillon com a mulher, Ilza Maria Roland, e outras 14 pessoas, entre filhos, sobrinhos e netos. Além de Renato, morreram Ilza e suas sobrinhas-netas Gabriela, de 9, e Giovana, de 12.

Marcelo, irmão de Renato e avô das meninas, disse que a nora Cláudia e o filho Marcelo, que estão internados, contaram o horror que passaram. Em um quarto, dormiam, na mesma cama, Cláudia e as filhas. Na cama ao lado, o marido. Em outro cômodo, Renato e Ilza. No meio da madrugada, ouviram um estrondo. "Todos se reuniram num mesmo cômodo. E aí a casa desabou", contou Marcelo. "Cláudia e Marcelo conversaram, mas não ouviam as filhas."

Cláudia quebrou duas vértebras e Marcelo está com problemas nos rins. Os dois não correm risco de morrer, mas não há previsão de alta. Os corpos das meninas foram liberados, mas serão enterrados quando os pais saírem do hospital.

O corpo de Ilza será cremado hoje, às 9 horas. No enterro de Renato, estavam seus oito irmãos e a mãe, Carolina de Assis, além de amigos, como o ator Roberto Bonfim. "Crescemos lá em Juiz de Fora. Nossas famílias eram amigas", lembrou.