Título: Lula diz ter certeza de que a economia crescerá
Autor: Nakagawa, Fernando
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/12/2009, Economia, p. B4
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter "certeza absoluta" de que a economia do Brasil crescerá muito e que a inflação continuará baixa em 2010, com as medidas econômicas anunciadas pela equipe econômica. "Agora, nós estamos numa situação mais confortável. A economia já está crescendo de forma razoável. O que nós anunciamos foram medidas para garantir que a economia cresça muito forte em 2010", afirmou ontem no programa de rádio "Café com o Presidente".
Entre os anúncios, Lula citou os R$ 80 bilhões de financiamento para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a prorrogação, para 30 de junho, das desonerações que venceriam em dezembro, de todas as linhas, a desoneração para computadores até 2014 e a permissão para que o sistema financeiro privado faça financiamento de longo prazo.
"Essas medidas, elas têm, eu diria, endereço certo: a certeza absoluta que o governo trabalha, que a economia brasileira vai crescer muito em 2010, que a gente vai continuar com a inflação baixa e que o Brasil vai gerar a riqueza que o povo brasileiro tanto espera que o Brasil gere para poder melhorar a vida do povo brasileiro", afirmou.
Lula disse que o País pode esperar que a economia cresça de forma sustentável. E mencionou que o BNDES, em 2004, emprestou R$ 40 bilhões, e terminará 2009 tendo liberado cerca de R$ 130 bilhões. "É uma quantia extraordinária." De acordo com o presidente, essa medida significa que a agricultura, a indústria e o comércio crescerão porque haverá mais dinheiro para financiamento e mais crédito para a população.
Lula enalteceu ainda a medida do BNDES de estender a linha de crédito para máquinas e equipamentos (bens de capital) a caminhões e ônibus. O presidente afirmou que o Poder Executivo abrirá essa linha também para as Américas do Sul e Latina e África.
"Para que as nossas indústrias possam ser mais competitivas no mercado internacional. Afinal de contas nós temos muitas máquinas chinesas entrando no mercado, muitas máquinas de outros países e o Brasil tem condições de competir e nós vamos competir", declarou.