Título: Hélio Costa é plano B para compor a chapa de Dilma
Autor: Venceslau, Pedro ; Duailibi, Julia
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/01/2010, Nacional, p. A4

Peemedebistas veem ministro como opção para vaga, se o vice não for Temer, e rejeitam nome de Meirelles

A hipótese de uma chapa presidencial do PSDB formada por José Serra e Aécio Neves faz crescer no PMDB a ideia de o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ser o vice da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Na visão dos peemedebistas, Costa, mineiro como Aécio, ajudaria a atrair votos do Estado, segundo maior eleitorado do País. Como o discurso de Aécio no momento é de negar qualquer chance de ser vice de Serra, o PMDB mantém o esforço pela candidatura de Costa ao governo mineiro.

O ministro é o plano B, na hipótese de o vice de Dilma não ser o presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP). Líderes da sigla rejeitam a possibilidade de candidatura do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado à sigla. Em tom de brincadeira, mas falando muito sério, dizem que Meirelles "acabou de subir no ônibus, não vai sentar logo na janela". Apesar das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o vice deveria ser escolhido em lista tríplice, peemedebistas mantêm Temer como primeira opção.

Para concorrer à sucessão de Aécio, Costa poderia se aproximar do PT ou do PSDB. Mas, se as duas siglas insistirem em candidaturas próprias, ele não entrará na disputa com o petista Fernando Pimentel e o tucano Antonio Anastasia, vice de Aécio. Restaria a ele disputar o Senado ou a vice-presidência.

Peemedebistas esperam ter após o 4º Congresso do PT, em fevereiro, uma orientação clara dos petistas sobre alianças regionais. No mês seguinte, será a vez de o PMDB eleger seu presidente nacional, provavelmente reconduzindo Michel Temer. Em junho, a convenção do PMDB decidirá entre o apoio a Dilma, a Serra, candidatura própria ou neutralidade.