Título: Conversa gravada cita pagamento de R$ 1,2 milhão
Autor: Costa, Rosa ; Rangel, Rodrigo
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/02/2010, Nacional, p. A4

Além da Tucunaré, outra investigação da Polícia Civil incomodava a cúpula do governo. A Operação Tellus, para apurar cobrança de propina por servidores da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF, chegou ao gabinete do então vice-governador Paulo Octávio, que chefiava a pasta. Assessores foram gravados coordenando cobrança de propina. Um deles fala em R$ 1,2 milhão.

O próprio Paulo Octávio foi gravado, embora não apareça tratando do esquema. A propina seria paga por empresas em troca de facilidades na obtenção de terrenos a preços subsidiados.

A exemplo da Operação Tucunaré, o único punido foi o delegado Marco Aurélio Vergílio, exonerado da Diretoria da Divisão de Repressão a Crimes Contra a Administração e afastado do caso. Foi nomeado John Kennedy Pinto, tido como "irmão de criação" de Arruda. O Ministério Público centralizou a Tellus. Os autos da Operação Tucunaré foram remetidos à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.