Título: Defesa do vice de Arruda vê rescaldo da crise
Autor: Costa, Rosa ; Rangel, Rodrigo
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/02/2010, Nacional, p. A4

Os advogados do governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, e do ex-policial Marcelo Toledo afirmam que seus clientes não estão envolvidos no esquema investigado pela Operação Tucunaré. Antonio Carlos de Almeida Castro alega que, se Octávio fosse um dos investigados, o inquérito não tramitaria na primeira instância, em razão do foro privilegiado a que ele tem direito.

"Nunca consegui identificar um único indício de que essa investigação seja verdadeira. É claro que ela existe, mas Paulo Octávio não pode ser investigado clandestinamente, a Polícia Federal não faria uma investigação escamoteada na primeira instância para depois passar para ela", alega. "Isso tudo é rescaldo dessa confusão política que nós estamos vivendo."

O advogado diz que nunca ouviu falar na Operação Tellus, sobre suposto esquema de cobrança de propina montado na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF.

Já o advogado de Toledo, Raul Livino, informa que seu pedido de acesso ao inquérito da Tucunaré foi negado pelo Ministério Público e pela Justiça sob alegação de que não havia investigação contra seu cliente.

Para o advogado, não há relação entre a operação e o mandado de busca e apreensão na casa de Toledo, no dia 14. Ele diz que, ainda assim, por precaução, entrou com dois pedidos de habeas corpus.

O doleiro Fayed Traboulsi alegou desconhecer a investigação. "Não sei de nada."