Título: Partido decide centralizar comando da campanha
Autor: Samarco, Christiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/03/2010, Nacional, p. A4

Ideia é montar comitê presidencial próximo ao diretório estadual, na zona sul da capital paulista

Na tentativa de dar início à criação de uma estrutura física para a campanha presidencial deste ano, o PSDB resolveu centrar as ações em São Paulo, para onde se deslocam semanalmente as principais lideranças do partido. Os tucanos já estão procurando um imóvel na Avenida Indianópolis, na zona sul da capital, que servirá de sede para o Diretório Nacional tucano, que hoje não conta com estrutura própria no Estado.

A ideia é que a casa, que deve ser alugada nas próximas semanas, se torne o futuro comitê central da campanha presidencial do PSDB - embora o governador de São Paulo, José Serra, não tenha ainda se declarado candidato, o partido trabalha com seu nome na disputa.

O secretário paulista de Relações Institucionais, José Henrique Reis Lobo, que deixará a pasta no dia 18 para integrar a coordenação da campanha tucana, está à procura do imóvel, que será próximo ao atual Diretório Estadual do PSDB. O objetivo é evitar que a estrutura física da campanha presidencial fique dividida em duas cidades, como ocorreu em 2006, com o então candidato Geraldo Alckmin. À época, o ex-governador paulista se dividia entre gravações para os programas de rádio e TV em São Paulo e as discussões com o núcleo político, em Brasília. O projeto já recebeu o aval do presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE).

"Uma coisa é certa. Não vamos ficar divididos entre São Paulo e Brasília. A campanha do Geraldo Alckmin já demonstrou que não vale a pena fazer uma estrutura fracionada", afirmou um dos tucanos que vão trabalhar na campanha.

O diretório paulista do PSDB acabou de alugar uma nova casa na mesma Avenida Indianópolis. Lá deverá funcionar toda a estrutura da campanha para o governo do Estado - a sede estadual do partido já é na avenida, mas agora foi alugada uma estrutura maior por um contrato de dois anos, renováveis por mais dois anos. "O Diretório Estadual poderá ser usado tanto para a campanha para governador quanto para a campanha de Serra presidente. A ideia é nos prepararmos para o desafio", disse o secretário-geral do PSDB paulista, César Gontijo.

Com a estrutura nacional em São Paulo, os tucanos resolvem um problema: a ausência de um escritório para quem tem de vir toda a semana ao Estado participar da fase de pré-campanha. É o caso, por exemplo, de Eduardo Graeff, ex-secretário-geral da Presidência, e do vice-presidente executivo do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Também ficou decidido que o presidente da Fundação Prefeito Faria Lima (Cepam), Felipe Soutello, deixará o cargo para participar da parte de comunicação e estratégia da campanha nacional do PSDB.