Título: Tarso vai para disputa isolado
Autor: Amorim, Silvia
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/03/2010, Nacional, p. A4

Candidato ao governo gaúcho, ele não fechou alianças

Ao contrário da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que tende a disputar a Presidência em aliança com diversos partidos, o ex-ministro Tarso Genro vai concorrer ao governo do Rio Grande do Sul contando apenas com a mobilização do PT e eventualmente de alguma pequena sigla que consiga atrair.

Tentando reproduzir no Estado a política de alianças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT tentou namorar o PDT e o PTB, mas os partidos optaram por outros caminhos.

O PDT vai formalizar apoio ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB) na disputa pelo governo. Em troca, os pedetistas assumirão o comando da capital gaúcha, com José Fortunati. O PTB decidiu lançar candidatura própria, do deputado estadual Luís Augusto Lara.

ALIADOS HISTÓRICOS

Nem mesmo aliados históricos como o PSB e o PC do B estarão com Tarso Genro. Ambos trabalham pela construção de uma via alternativa, para a qual tentam atrair o PTB de Lara e também o PP.

Já o PSDB conquistou o apoio do PPS para a campanha à reeleição da governadora Yeda Crusius e espera atrair o PP, um dos principais aliados na Assembleia. O PP é um dos partidos mais poderosos do Rio Grande do Sul, com 159 das 496 prefeituras. Seu apoio é cobiçado pelo PSDB, PMDB e pela via alternativa do PSB, PTB e PC do B.

O DEM gaúcho tem como projeto preferencial trabalhar pela eleição de José Serra (PSDB) à Presidência. Para apoiar os tucanos, porém, a condição é que a candidatura no Estado não seja de Yeda. Caso não feche alianças, o partido vai para a disputa com o ex-prefeito de Lagoa Vermelha Moacir Volpato.