Título: Ministério defende que programas de distribuição de renda atuam em sinergia
Autor: Simão, Edna
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/03/2010, Nacional, p. A10

O Ministério do Desenvolvimento Social, sob o comando de Patrus Ananias, tem neste ano um orçamento de R$ 39 bilhões, dos quais 60% serão destinados para pagamento de Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), ou seja, cerca de R$ 22 bilhões. Para o Bolsa-Família, foram reservados R$ 13,1 bilhões.

De acordo com a diretora de avaliação do ministério, Júnia Quiroga, esses números demonstram a importância do BPC-Loas para a diminuição das desigualdades sociais no país. "Esses dois programas de transferência de renda atuam em sinergia", afirmou.

O Bolsa-Família está ligado a programas de melhoria da saúde e da alimentação. "Isso gera impactos positivos, como maior participação das crianças e adolescentes nas escolas e acesso ao crédito. Além disso, as famílias focam os gastos em educação e material escolar. É uma alteração significativa na vida das pessoas, é uma ruptura de um ciclo", anotou.

Júnia ressaltou que, entre os anos de 2002 e 2008, mais de 20 milhões de brasileiros conseguiram superar as condições de pobreza por causa da associação desses dois programas com a liberação dos benefícios previdenciários.

O BPC é direcionado para idosos e pessoas com deficiência com renda de até 1/4 do salário mínimo. O Bolsa-Família é destinado à famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza.