Título: Congelamento é aposta para o futuro, diz empresa
Autor: Leite, Fabiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/03/2010, Vida, p. A16

Bancos privados de sangue decordão umbilical admitem limitações no uso do material coletado, como ofato de ser rara a possibilidade de utilizar o sangue no próprio bebêem tratamentos existentes contra doenças hematológicas. Mas defendem odireito de as pessoas fazerem o congelamento como uma aposta para ofuturo, caso a ciência descubra novas aplicações para doençascardiológicas, hepáticas e distúrbios degenerativos.

Atualmente, cobra-se, em média, R$ 3,5 mil para o congelamento,incluída a primeira anuidade, e depois parcelas anuais de cerca de R$500.

"O sangue de cordão já está sendo usado em pesquisas clínicas sobre40 patologias. Nunca vamos dizer "guarde e não compre leite". Mas dizerque isso não deve ser feito porque artistas fizeram propaganda é umabsurdo", afirma Eduardo Cruz, responsável pelo maior banco do País, noRio, com 17 mil coletas armazenadas.

Até hoje, cinco clientes usaram o material nos próprios bebês. "Nãotenho dúvida de que o banco público é ideal, mas somos um Paísdemocrático", diz Carlos Ayub, da Associação de Células Tronco, de SãoPaulo.

Nelson Tatsui, de um dos primeiros bancos de cordão paulistas,destaca que o setor já passa por avaliações frequentes da área depropaganda da Anvisa e tem de adaptar comerciais e contratos a pedidodo órgão. / F.L.