Título: Mercadante tenta driblar divisão da base
Autor: Amorim, Silvia
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/03/2010, Nacional, p. A13

Como martelo batido no nome do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para ogoverno de São Paulo, o PT agora se debruça em um plano para driblar oracha na base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no maiorcolégio eleitoral do País. Enquanto prepara o lançamento dacandidatura, Mercadante trabalha para atrair aliados e se firmar como o"verdadeiro" candidato do governo Lula no Estado.

Se depender das conversas dos últimos dias, a ministra-chefe da CasaCivil, Dilma Rousseff, terá mais de um palanque no Estado. O PSB falaem investir no presidente da Federação das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp), Paulo Skaf, enquanto o PP ameaça lançar o deputado CelsoRussomanno (SP).

No PT, a ordem é não conter esforços para evitar a divisão. Se oplano fracassar, Mercadante será exaltado como o nome de Lula paravaga. "Ele é o candidato de Lula. Mas Dilma não vai recusar apoio deninguém, seja em São Paulo ou em qualquer lugar", diz o líder dogoverno na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).

Mercadante tem liderado pessoalmente a montagem da chapa. Nosúltimos dias, distribuiu convites para jantares e reuniões para tratarda sucessão. O plano será coroado esta semana, num encontro com siglascomo PDT, PC do B, PR e PRB. O PSB, por outro lado, se mostra poucoconfiante nas chance de retomar a aliança. "Ainda existe uma chance,mas é muito remota", diz o presidente do PSB paulista, deputado MárcioFrança (SP).

Mesmo que a divisão persista, o time de Mercadante já se arrisca numpalpite para a chapa. Nesse caso, o PDT fica com a vice. A primeiravaga no Senado irá para a ex-prefeita Marta Suplicy e outra para o PCdo B.