Título: Melhor do que antes da crise
Autor: Chiara, Márcia De
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/04/2010, Economia, p. B3
De volta ao País, administradora demorou só um mês e meio para conseguir um emprego
Faz uma semana que a administradora de empresas Amanda Micali, de 27 anos, começou a trabalhar na Camargo Corrêa Cimentos na área de inovação. Depois de passar um ano na Austrália fazendo uma pós-graduação na área de gestão empresarial, ela diz que não esperava se recolocar no mercado tão rapidamente.
"Comecei a mandar meu currículo para as empresas depois do carnaval", conta.. Nesse período, além da proposta da Camargo Corrêa, ela recebeu outras ofertas de emprego, a maioria de indústrias.
Amanda chegou a conversar com a Sadia, com a Unilever, com uma nova empresa de cosméticos que está chegando ao País e uma consultoria. "Logo percebi que o mercado de trabalho está bem aquecido", diz Amanda, que saiu do Brasil quando a crise começou.
Ela explica que escolheu trabalhar na cimenteira porque se trata de um projeto novo, que pode envolver relacionamento com clientes, por exemplo, para vender um produto que, na prática, é uma commodity. "Não imaginava que um dia iria trabalhar numa fabricante de cimento."
Antes de ir para a Austrália, a administradora de empresas foi funcionária de uma indústria de bebidas. Na empresa anterior, onde trabalhou na fase pré-crise, o seu salário era de 10% a 15% menor em relação ao que vai receber agora.
Além do salário maior, Amanda diz que terá mais benefícios, como plano de carreira e a perspectiva de se desenvolver numa área internacional. Neste ano, a Camargo Corrêa Cimentos comprou um terço da participação da cimenteira portuguesa Cimpor.