Título: Setor sucroalcooleiro faz emprego em SP recuar 0,56% em abril
Autor: Farid, Jacqueline
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/05/2010, Economia, p. B5
Foi a 1ª queda porcentual desde agosto de 2009, embora a indústria paulista tenha criado 28,5 mil vagas no mês
O nível de emprego da indústria paulista recuou 0,56% em abril, em relação a março, com ajuste sazonal, segundo dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Foi a primeira queda porcentual do nível de emprego desde agosto de 2009, embora o setor tenha criado 28,5 mil postos de trabalho no mês passado. Em março, foram abertas 45 mil novas vagas.
Segundo o diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da entidade, Paulo Francini, a queda é resultado do comportamento do setor de açúcar e álcool, que apresentou variação mais baixa no período em comparação com os outros anos. Isso ocorreu porque as contratações de 2010 foram antecipadas para março, um mês antes do habitual, explicou o diretor.
"Além disso, açúcar e álcool sofreram bastante com a crise e precisaram passar por um grande ajuste para se recuperar. Como consequência, a mecanização foi mais acentuada na colheita, fato que diminuiu a utilização de mão de obra."
Sem o ajuste sazonal, o índice apontou aumento de 1,27%, em comparação a março. No acumulado do ano, a indústria paulista mostrou avanço de 4,96% no emprego, que significam 107,5 mil contratações. "O panorama geral da indústria nos dá uma sensação tranquila e permite apostar na continuidade do crescimento do emprego. Portanto, a perspectiva para o mês de maio é positiva", garantiu Francini.
Com exceção do setor sucroalcooleiro, os demais segmentos se mostraram mais fortes. Diferentemente de açúcar e álcool, os outros setores apresentaram alta em relação aos demais anos. Até abril de 2009 ficaram 4,4% negativos; este ano já tiveram aumento de 3%", ressaltou o diretor da Fiesp.
Construção civil. A construção civil deverá gerar um saldo de 180 mil empregos formais no País em 2010, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada ontem. O número é um pouco maior que os 177.185 empregos criados em 2009. Os empregos formais correspondem a apenas 28% da força de trabalho do setor, segundo o estudo da entidade com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
[DE ABRIL]