Título: Venda de caminhões cresceu 54,3% no ano
Autor: Silva, Cleide
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/06/2010, Economia, p. B10

O mercado de caminhões apresenta, de janeiro a maio, crescimento de 54,3%, com 58 mil unidades vendidas. A comercialização de automóveis e comerciais leves cresceu 14,6%. O segmento de pesados, que agrega maior valor e tecnologia, teve o maior crescimento entre as categorias, de 78%, ou 18,7 mil unidades.

A Volvo, que só atua nessa categoria, responsável por 32% das vendas totais de caminhões, introduziu a caixa eletrônica nos seus veículos em 2006. Naquele período, 0,3% dos veículos vendidos tinha o sistema, chamado de I-shift e descrito como uma evolução do câmbio automático. No ano passado, a participação subiu para 38% e este ano deve ficar próxima de 60%, calcula o gerente de Engenharia de Vendas, Álvaro Menoncin. O sistema encarece um caminhão que custa R$ 350 mil em R$ 18 mil. Segundo ele, o "valor se paga em seis a oito meses para um caminhão que roda em média 150 mil a 200 mil quilômetros por ano". Ele aponta economia de 3% a 5% com combustível (que representa 50% do custo operacional do frotista), menos desgaste nos pneus e com manutenção.

Outro benefício é a redução de acidentes, pois o motorista pode manter as mãos ao volante e focar a atenção na estrada. O desgaste físico também é menor. Segundo a Volvo, numa viagem de São Paulo a Porto Alegre (rodando 10 horas ao dia), o motorista teria de realizar de 500 a 600 trocas de marcha, movimento eliminado com a caixa eletrônica. "O frotista ou o caminhoneiro autônomo entende esses ganhos como melhora de competitividade", diz Menoncin.

A Volvo oferece o Alcolock, um bafômetro instalado no painel, que mede a quantidade de álcool na respiração do motorista e, em caso de excesso, bloqueia a partida do veículo. Um pacote completo com itens de segurança em caminhões da Volvo custa R$ 45 mil.