Título: Catadores recebem até R$ 900 em SC
Autor: Moreira , Gabriela
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/08/2010, Vida, p. A25

Em Santa Catarina, há 1 catador de lixo para cada 2 mil habitantes. Apoiados por mais de 30 associações ou cooperativas, eles recebem de R$ 400 a R$ 900 mensais para desenvolver a atividade. Como consequência dessa organização, o Estado tem o menor índice do País de catadores trabalhando ilegalmente em lixões ou aterros sanitários - apenas cerca de 2% deles.

Dados do Instituto Comunitário da Grande Florianópolis (Icom), entidade que apoia organizações sociais, mostram que são cerca de mil catadores oficialmente catalogados. Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo César da Costa, o governo estadual destina recursos aos municípios para que eles elaborem planos de saneamento.

Neste ano, 179 municípios catarinenses com população de até 10 mil habitantes dividiram R$ 12 milhões para elaborar seus planos. Em 2011, outros 53 municípios de 10 mil a 20 mil habitantes também receberão recursos, chegando a 80% o total de cidades contempladas. "Felizmente, os municípios maiores já têm seus planos", disse o secretário.

"Apesar da importância do setor para a saúde e o ambiente, as administrações públicas municipais ainda tratam a questão de forma periférica", afirma Israel Fernandes Aquino, consultor do Icom, com especialização na área de políticas para a inclusão social de catadores. Segundo ele, a região do Vale do Rio Itajaí, especialmente a cidade de Blumenau, tem investido para combater a informalidade. As prefeituras assumiram a responsabilidade na gestão integrada do lixo gerado em seu território.