Título: Beneficiários enfrentam fila em condições precárias
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/10/2010, Vida, p. A16

As filas no Centro de Saúde Dr. Lívio Amato, na zona sul de São Paulo, começam antes das 7 horas. O atendimento é feito com senhas, mas quinta-feira à tarde eram comuns os casos de pessoas que, ao chegarem, encontram outras cem na frente. Como sabem que vão aguardar muito e em condições precárias - na lotada sala de espera há diversas cadeiras sem encosto ou sem assento -, preferem madrugar.

No Rio, a jornalista Rosângela da Silva Santos, de 44 anos, que recebeu um rim, teve de entrar quatro vezes na Justiça para garantir os medicamentos. Na última vez, recebeu três caixas, que já acabaram. "Ainda não tenho o remédio. Vivo de doações." Em Minas, a retirada pode ser agendada, mas ainda há filas. "O atendimento melhorou. Antes a fila dava voltas na rua e a gente ficava até oito horas aqui. Agora tem dias que é mais fácil", diz Gerson Polidoro, de 48 anos.