Título: Capitais concentram 40% dos postos de trabalho para médicos
Autor: Werneck, Felipe
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/11/2010, Vida, p. A38

Essas cidades, porém, reúnem apenas 23,7% da população do Brasil, segundo o levantamento do IBGE

As capitais, que abrangiam 23,7% da população em 2009, concentravam 40% dos postos de trabalho médico, informa o IBGE. A média no País foi de 3,3 postos médicos por mil habitantes: 5,6 nas capitais e 2,6 nos demais municípios. O estudo mostra que, em 2005, essa relação era de 5,1 por mil habitantes nas capitais e de 2,2 no restante.

O Sudeste liderava a distribuição dos postos, com 4,3 por mil habitantes. Entre as unidades da Federação, o Distrito Federal apresentou a maior taxa (5,3).

Do total de postos de trabalho de nível superior, 51,4% eram ofertados no Sudeste, seguido por Nordeste (21,4%), Sul (15,2%), Centro-Oeste (7%) e Norte (5%). A distribuição dos postos segue a mesma ordem: Sudeste (54,2%), Nordeste (19,4%), Sul (15%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (4,6%).

Rede particular. O setor privado participava com 55,7% dos postos de trabalho médico, ante 44,3% do público.

O estudo mostra que os médicos se concentravam em dez áreas de atuação: clínico-geral (16,7%), pediatra (10%), gineco-obstetra (9,5%), médico de saúde da família (6,3%), cirurgião-geral (5,8%), ortopedista (5,5%), cardiologista (5,2%), anestesista (4,3%), radiologista (3,7%) e oftalmologista (3,3%).

A oferta de postos de trabalho de nível superior passou de 870,4 mil para 1,1 milhão. Em 2009, os médicos eram os profissionais em maior número dentre aqueles com nível superior: 57,6% (636 mil). Os enfermeiros vieram em seguida, com 14,8% (163 mil).

O questionário financeiro, que levanta dados sobre os fluxos financeiros dos estabelecimentos de saúde - faturamento, gastos e impostos, entre outros - ainda não foi concluído pelo IBGE.