Título: Equipamentos têm distribuição desigual
Autor: Werneck, Felipe
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/11/2010, Vida, p. A38

O número de equipamentos hospitalares de alta tecnologia aumentou, mas o IBGE aponta excesso de oferta para quem pode pagar planos privados e escassez para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Outro problema é a desigualdade na distribuição regional de aparelhos de diagnóstico por imagem.

Em quatro anos, o número de equipamentos de ressonância magnética aumentou 118%.

No ano passado havia 6,3 aparelhos desse tipo por milhão de habitantes no Brasil, taxa comparável à da França (5,7) e do Canadá (6,7). Para pacientes da rede pública, no entanto, a taxa foi de 1,9 por milhão. Entre os usuários de planos privados, que representam 25% da população brasileira, a taxa chegou a 19,8 aparelhos por milhão, próxima à dos Estados Unidos (25,9).

Para tomografia computadorizada, a média brasileira ficou em 15,8 por milhão. No SUS, cai para 6 por milhão. Quem tem plano privado também desfruta da taxa de 44,3 aparelhos por milhão, maior que a da Bélgica (41,6 por milhão) e a dos EUA (34,3).

Dos 1.199 aparelhos de ressonância magnética existentes no País, 734 estavam localizados em unidades do Sudeste, 178 no Sul, 132 no Nordeste, 96 no Centro-Oeste e 59 no Norte.

O Sudeste também liderava o ranking das regiões mais equipadas em tomógrafos, com concentração de 1.742 dos 3.019 tomógrafos, e mamógrafos com comandos simples (1.784 dos 3.296).