Título: Ibama libera usina de Teles Pires para leilão na 6ª-feira
Autor: Bahnemann, Wellington ; Andrade, Renato
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/12/2010, Economia, p. B7

O governo conseguiu ontem a licença ambiental que garantirá o leilão da hidrelétrica de Teles Pires na sexta-feira. Além dessa usina, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou a documentação de dois empreendimentos que serão leiloados no fim da semana.

A usina que será construída no rio Teles Pires, na divisa entre o Mato Grosso e Pará, terá capacidade de gerar 1.820 megawatts (MW) de energia elétrica, a partir de 2015, e será o destaque do leilão. O investimento previsto é de R$ 3,328 bilhões.

O presidente do Ibama, Abelardo Bayma, também assinou as licenças prévias para as hidrelétricas de Estreito e Cachoeira. Essas duas unidades serão construídas no rio Parnaíba, entre Piauí e o Maranhão, e juntas terão capacidade de produção de 119 MW de energia.

A Eletrobras terá forte participação nos consórcios que irão disputar as hidrelétricas esta semana. Em comunicado enviado ao mercado financeiro, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Armando Casado de Araújo, confirmou a participação de subsidiárias da companhia na disputa por Teles Pires, Estreito e Cachoeira.

A estatal também montou consórcios para disputar as usinas de Sinop e Ribeiro Gonçalves, mas as licenças ambientais destes empreendimentos não foram emitidas até ontem, prazo final para a liberação destes documentos. Sem as licenças prévias, o governo fica impedido de colocar as usinas em leilão.

Segundo fontes do mercado, três consórcios devem disputar a hidrelétrica de Teles Pires. A CPFL Energia fechou um grupo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que contará ainda com a participação das construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Os outros dois terão a presença das subsidiárias da Eletrobras, limitadas a 49% de participação.

Furnas e Eletrosul disputarão a usina em parceria com a Neoenergia e a Odebrecht, enquanto a Chesf e a Eletronorte estarão juntas com a GDF-Suez, controladora da Tractebel.