Título: Cuidados com a bola de neve
Autor: Chiara, Márcia De
Fonte: O Estado de São Paulo, 11/01/2011, Economia, p. B1

Elizete usa o cartão de crédito para administrar o orçamento, mas não deixa de pagar toda a fatura

Elizete Maria Martins é funcionária pública e trabalha como secretária numa escola estadual da zona oeste de São Paulo. Embora ela afirme que seu salário é baixo, garante que tem renda suficiente para pagar quase todas as contas, sem atraso.

"Como a renda é pequena, as contas que vencem entre o dia 20 e o quinto dia útil do mês seguinte (quando entra o salário) eu pago com o limite da conta", diz.

O consumo do mês - que é bastante controlado, mas tem como item mais caro a compra mensal no supermercado - fica concentrado no cartão de crédito. "Assim, posso pagar apenas na próxima fatura", detalha Elizete.

A fórmula para lidar com o orçamento é repetida há alguns anos, segundo a funcionária pública. "Nunca fico inadimplente", orgulha-se.

Entre cartão de crédito e cheque especial, Elizete diz optar pelo uso do plástico como meio de pagamento.

Ela afirma que tem cuidado redobrado com o uso do cheque especial e evita usá-lo. "Uso bem pouco o limite da conta porque é muito caro. Prefiro o cartão de crédito", acrescenta.

Elizete também conta que, quando percebe que houve gastos mais altos que o de costume no decorrer do mês, corta alguns itens programados na lista do supermercado. "Prefiro ficar a pão e água do que pagar juros ao banco", enfatiza.

A quitação integral da fatura do cartão é outra regra cumprida mensalmente por Elizete. "Se pagar o valor mínimo uma vez, pronto, daí você já está endividado. É uma bola de neve", argumenta.