Título: Para cassadas, MEC não vê avanço recente
Autor: Formenti, Lígia ; Paraguassú, Lisandra
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/01/2011, Vida, p. A16

As universidades e centros universitários que sofreram intervenção do MEC afirmam que já começaram ajustes para se adequar às exigências do governo e criticaram a medida por tomar como base avaliação de 2009, sem reconhecer avanços recentes. Algumas instituições pretendem contestar a medida com recursos administrativos no MEC.

A Universidade Ibirapuera afirma que "a nota não corresponde à realidade", destacando as notas 4 do curso de Enfermagem e 5 do curso de Biomedicina. "Por zelar pela qualidade, a Universidade Ibirapuera pretende, sim, recorrer", diz, em nota.

Segundo Valdecir Simão, reitor do Ceulm/Ulbra, de Manaus, há distorção no resultado do triênio 2007-2009 porque, em novembro passado, o centro universitário recebeu o recredenciamento com conceito 3. "Recebemos três visitas do MEC nos últimos anos e duas delas nos deram conceito 4", diz.

O diretor do Ciesa, do Amazonas, Marcos Cereto, diz que a instituição se reestruturou em 2010. "Aumentamos o número de professores em tempo integral", afirma. A Unidesc, de Goiás, também diz que "os dados revelados pelo MEC são antigos" e não consideram uma "reformulação pedagógica radical", que teria sido feita em 2010.

A UniverCidade, do Rio de Janeiro, diz que obteve um conceito institucional dado pelo MEC igual a 3, superior ao IGC.

As demais instituições que tiveram a autonomia universitária cassada não se manifestaram sobre a medida.