Título: OGX pode começar a produzir em agosto
Autor: Valle, Sabrina; Lima, Kelly
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/02/2011, Negócios, p. B13

A conclusão da perfuração de um poço da OGX na Bacia de Campos, anunciada ontem, poucos minutos antes da teleconferência de Eike Batista com analistas financeiros, foi considerada por muitos como a melhor notícia do dia, que se perdeu em meio a tantos outros anúncios feitos pelo empresário.

Eike Batista estima que os ativos da companhia na Bacia de Campos tiveram valorização entre 30% e 40% somente com o anúncio de viabilidade daquela área e a perspectiva de início de produção a partir de agosto. "Ainda bem que não vendemos nossos ativos no ano passado, porque agora podemos ganhar mais", disse o empresário, lembrando ter recusado oferta da chinesa SK para a aquisição de parte da concessão.

A empresa tem planos de investir US$ 3 bilhões até 2013 na campanha exploratória, que inclui 87 poços, dos quais 37 já foram perfurados. O poço concluído comprovou sua elevada produtividade, em volumes semelhantes ao verificado no pré-sal, com a vantagem de estar localizado em águas rasas e muito próximo à costa. Essas características reduzem bastante o custo exploratório e valorizam o ativo. A área de Waimea apresentou vazão de 40 mil barris por dia, o que permitirá tirar em média 20 mil barris diários.

Novos testes devem puxar para cima o volume de reservas estimado para a área, que estavam entre 600 milhões e 1 bilhão de barris. O principal destaque, aponta o analista Gustavo Gatass, é que a conclusão dos estudos indica que a aposta da OGX em um tipo de rocha diferente do padrão da visada na Bacia de Campos foi acertada.