Título: Restrição de voo foi usada no Iraque e nos Bálcãs
Autor: Marin, Denise Chrispim
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/03/2011, internacional, p. A10

Em 1991, no final da Guerra do Golfo, a imposição de uma zona de exclusão aérea contribuiu para a formação de um porto seguro para os curdos do Iraque que eram reprimidos por Saddam Hussein. O regime havia perdido o controle de 14 das 18 províncias do país e, apesar do cessar-fogo assinado com os Estados Unidos, Bagdá tentava controlar um levante e recuperar o controle do país. Em 5 de abril, o Conselho de Segurança da ONU ratificou a Resolução 688, que exigia o fim dos ataques ao Curdistão iraquiano e permitia aos americanos impor sanção no Iraque.

Mais de 200 aeronaves americanas e britânicas participaram da operação de manter o espaço aéreo iraquiano interditado. No ano seguinte, a ONU estendeu a área de exclusão aérea ao sul do Iraque, onde o transporte terrestre militar também foi proibido.

Entre 1992 e 1995 a sanção foi aplicada ao espaço aéreo dos Bálcãs, sobre a Bósnia-Herzegovina, para proteger civis da guerra na região. Em 1999, com o fim da Guerra do Kosovo, um raio de 25 km em torno da província sérvia de maioria albanesa tornou-se área de exclusão aérea, com a mesma intenção. Em 2001, a sanção passou a ser aplicada a 10 km do entorno