Título: Inflação reduz ritmo de alta na China
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Fonte: O Estado de São Paulo, 12/05/2011, Economia, p. B16
Índice de 5,2% em abril, porém, ficou acima da expectativa: indústria também desacelera
AFPInflação. Preços dos alimentos na China caíram 0,4% em abril, mas ficaram 11,5% mais altos na comparação anual A inflação ao consumidor da China desacelerou levemente em abril por causa da moderação dos preços dos alimentos, mas ainda ficou acima das expectativas, mantendo as preocupações inflacionárias em destaque.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 5,3% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, menos do que os 5,4% de março, de acordo com os dados divulgados ontem pelo governo. As expectativas apontavam uma alta de 5,2%.
O Escritório Nacional de Estatísticas informou também, num comunicado, que usando os antigos pesos na cesta de itens do CPI, a inflação anual de abril teria ficado em 5,4%.
O órgão mudou a ponderação dos componentes usados no cálculo do CPI a partir de janeiro, reduzindo o peso dos preços dos alimentos com alta acelerada e aumentando o peso dos itens ligados ao setor imobiliário, entre outras mudanças.
Os preços dos alimentos subiram 11,5% em abril na comparação com um ano antes, abaixo da elevação de 11,7% verificada em março, enquanto os preços dos itens não alimentícios aumentaram 2,7%, mesma variação apurada em março.
Outro dado divulgado ontem também mostra desaceleração no crescimento da produção industrial em abril, sugerindo que a segunda maior economia do mundo está esfriando e precisando menos de um aperto monetário agressivo, apesar da inflação.
A produção industrial cresceu 13,4% na comparação anual, mas a taxa ficou mais de um ponto porcentual abaixo das previsões e do ritmo registrado em março.
Também o aumento das vendas no varejo chinês desacelerou mais que o esperado, enquanto a oferta de crédito e os empréstimos em yuans tiveram a menor expansão em 29 meses, sinais de que as medidas para esfriar a economia estão começando a fazer efeito. As vendas subiram 17,1%. Em março, a alta foi de 17,4%.
A maioria dos analistas acredita que o banco central da China pode reduzir a intensidade do aperto monetário. Um economista do governo foi além e disse que os formuladores de políticas podem ficar preocupados com uma desaceleração excessiva. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS