Título: Obama faz novo apelo para elevar o limite da dívida
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Fonte: O Estado de São Paulo, 16/05/2011, Economia, p. B11

Tesouro prevê que teto deve ser atingido hoje e consequências seriam ''catastróficas''

Jim Young/Reuters¿10/5/2011Superdevedor. Investidores do mundo todo precisam manter a confiança no crédito dos Estados Unidos, diz Barack Obama O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou mais uma vez o Congresso que a não elevação do limite do endividamento do país poderia levar a uma crise financeira e recessão econômica pior que a de 2008 e 2009, se investidores começassem a duvidar da capacidade de o governo americano honrar suas dívidas.

Em comentários gravados na semana passada, e transmitidos pela CBS News ontem, Obama repetiu a posição de que os republicanos não deveriam relacionar a decisão de aumento do limite do endividamento a cortes de gastos, como parte de medidas para redução do déficit.

"Se investidores ao redor do mundo pensarem que a confiança no crédito dos Estados Unidos não está sendo suportada... isso poderia desemaranhar todo o sistema financeiro", disse Obama. "Poderíamos ter uma recessão pior do que tivemos."

A Casa Branca e os republicanos no Congresso estão travados em um debate sobre o déficit e o limite da dívida do país.

Espera-se que o Departamento do Tesouro atinja hoje seu limite de endividamento de US$ 14,3 trilhões, tornando o governo incapaz de emitir mais títulos de dívida. Atualmente, a dívida está em US$ 14,294 trilhões,

Líderes republicanos, que têm dito concordar com a necessidade de aumento do limite da dívida, disseram que não vão aprovar nenhuma medida de elevação do endividamento sem que as autoridades definam passos para mantê-lo sob controle.

Obama afirma estar comprometido com a redução do déficit, mas que isso não está relacionado ao limite de endividamento.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, advertiu no sábado o Congresso que se o limite não fosse ampliado, os EUA não teriam condições de cumprir com suas obrigações financeiras frente a "funcionários, cidadãos, empresários e investidores". "Isso seria um acontecimento sem precedentes na história do país, que teria consequências extensas e catastróficas para a economia americana, reduzindo o crescimento e aumentando o desemprego."

O presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Ben Bernanke, também advertiu os parlamentares sobre o perigo. "É uma proposta arriscada não elevar o limite da dívida em um prazo razoável" / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Apelo

BARACK OBAMA PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS

"Se investidores pensarem que a confiança no crédito não está suportada... poderíamos ter uma recessão pior do que tivemos."

TIMOTHY GEITHNER SECRETÁRIO DO TESOURO

"Isso seria um acontecimento sem precedentes... de consequências catastróficas."

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