Título: Incertezas levam pânico ao mercado, diz ex-diretor do BC
Autor: Fernandes, Adriana ; Graner , Fabio
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/08/2011, Economia, p. B6

O pânico que tomou conta do mercado ontem é reflexo de uma espécie de profecia autorrealizável, baseada no fato de que os problemas que atingem a Europa e os Estados Unidos tiveram soluções parciais e incompletas, avalia o economista Luis Eduardo Assis, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central. Segundo ele, esse cenário de dúvidas e incertezas está gerando problemas que se retroalimentam pelo risco real de que a economia americana entre de novo em uma fase de recessão e dificulte ainda mais a recuperações dos países da Europa, sobretudo da Itália e Espanha.

Assis assegura que mais sério ainda é a dúvida que paira sobre Itália e Espanha. "A solução que foi dada para Grécia e Portugal não é a mesma que poderia ser dada para Espanha e Itália. Não há funding para isso, são dívidas de outras dimensões, muito maiores", reitera o economista. "É justamente por isso que o mercado está em pânico, não existe uma solução simples, esses dois países terão que recuperar aos poucos a credibilidade."

A ironia, avalia ele, é que se Itália e Espanha quiserem hoje emitir papel, vão pagar muito mais, quase o dobro do que pagam Grécia, Irlanda e Portugal.

Luis Eduardo Assis prevê ainda "dias de fortes emoções" para o mercado porque não há uma solução simples para resolver a atual crise. Ele destaca que a situação dos Estados Unidos não é tão aflitiva porque existem alternativas para se fazer mais afrouxamento monetário. "Isso não resolve o problema, mas melhora a situação". No seu entender, houve nos EUA uma espécie de fundamentalismo do partido Republicano, que gerou essa situação e que vai criar dificuldades para a reeleição do presidente Barack Obama. "Mas (o acordo) foi feito, está equacionado. Já no caso da Europa, a situação não está equacionada."

Ao falar da crise na Europa, Assis diz que "há um mosaico de interesses conflitantes". E avalia que França e Alemanha não conseguirão segurar Itália e Espanha, da mesma maneira que seguraram Grécia, Irlanda e Portugal. "No caso da Europa, a equação política é mais complicada", disse.

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