Título: Estratégia de Assad divide comunidade internacional
Autor: Chacra, Gustavo
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/08/2011, Internacional, p. A9

O regime de Bashar Assad atua em duas frentes. De um lado, promete reformas, do outro, reprime a população com violência, deixando 2 mil mortos, segundo a oposição. A estratégia dele, segundo as visões mais otimistas, seria reprimir para estabilizar o país e, depois, liderar uma transição política nos seus moldes. Os mais céticos acreditam que a repressão de Assad serve apenas para o líder sírio tentar manter seu regime intacto. Inicialmente, havia um consenso internacional ao redor da primeira opção. Atualmente, há uma divisão na comunidade internacional.

Alguns países, como Brasil, Índia, África do Sul, Rússia e China, veem com seriedade as iniciativas de Assad para introduzir reformas e entendem que o processo será lento. Já os EUA e a União Europeia desistiram de acreditar nas promessas de Assad e dizem que o líder sírio perdeu a legitimidade. Em relação à violência, há uma condenação geral. Tirando Irã, Iraque e Venezuela, quase nenhum país deixou de condenar a repressão de Assad contra os manifestantes.