Título: Atendemos às regras, diz dono da Effa Motors
Autor: Silva, Cleide
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/08/2011, Economia, p. B5

O presidente da Effa Motors, Eduardo Effa, dono da empresa que produz os modelos da marca chinesa Lifan no Uruguai, considera "normal" a investigação sobre o conteúdo regional dos modelos 320 e 620 exportados para o Brasil. "A investigação já está quase encerrada e mostramos que atendemos às regras do Processo de Integração Progressiva (PIP)", afirma.

O PIP é adotado pelo governo uruguaio e tem normas diferenciadas das do Mercosul. O programa estabelece índice inicial de 30% de peças regionais no primeiro ano e aumento gradativo até chegar aos 50% no quinto ano de operação.

Segundo Effa, os modelos da Lifan atendem hoje a 38% de nacionalização. Entre os itens adquiridos na região estão baterias e catalisador (Brasil), bancos (Uruguai) e pneus (Argentina).

A investigação está sendo feita pela Coordenadoria Geral de Administração Aduaneira (Coana), ligada à Receita Federal.

No mês passado, o Grupo Effa assinou com a Lifan parceria para a construção de uma linha de montagem no Brasil, um investimento de US$ 100 milhões. Segundo o executivo, os produtos dessa fábrica devem ter inicialmente 40% a 45% de índice de nacionalização.

Já no Uruguai, além da Effa/Lifan, têm linhas de montagem de CKD (conjuntos) a coreana Kia Motors, que monta o caminhão Bongo, e a chinesa Chery, que faz o utilitário Tiggo. Recentemente, a também chinesa Geely anunciou que terá uma unidade no país.

Hilux. No caso da picape Hilux - produzida na Argentina e também comercializada no mercado brasileiro -, a Toyota confirma que "foi levantado o tema sobre o índice de nacionalização e ficou comprovado o atingimento por parte da Toyota, o que reforça o nosso comprometimento com o desenvolvimento da região".