Título: Goldman Sachs revê alta deste ano de 4,5% para 3,7%
Autor: Modé, Leandro
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/08/2011, Economia, p. B1

O Goldman Sachs revisou várias previsões para a economia do Brasil para refletir a redução no crescimento e na inflação do País, em meio à deterioração da perspectiva global e à desaceleração "maior e mais rápida" que o esperado da economia local.

O banco agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 3,7% em 2011 e 3,8% em 2012, ante o crescimento de 4,5% e 4%, respectivamente, projetado anteriormente. Isso representaria uma desaceleração ainda mais acentuada na comparação com a expansão econômica de 7,5% do ano passado.

O Goldman também prevê que o BC manterá a Selic no nível atual de 12,5% até 2012. Antes, o banco esperava "pelo menos um, ou talvez dois" aumentos de 0,25 ponto porcentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do BC marcadas para 31 de agosto e 19 de outubro.

Outra mudança foi na previsão da inflação. O Goldman agora espera que o IPCA termine 2011 em 6,4% e 2012 em 5,1%, das taxas de 6,5% e 6%, respectivamente, previstas anteriormente.

"Acreditamos que os riscos para a atividade econômica, inflação e taxas de juros no Brasil também se inclinam para baixo", diz o relatório. Segundo o banco, o crescimento global e, possivelmente, o preço das commodities podem ficar abaixo das projeções atuais.