Título: Discussão começou pela redução e acabou virando alta do IPI
Autor: Dantas, Iuri
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/09/2011, Economia, p. B1

O que começou no mês passado como uma discussão entre governo e indústria automobilística para reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) terminou ontem com alta de 30 pontos porcentuais no tributo. Na falta de acordo para uma política de investimentos de longo prazo das montadoras, o governo optou por uma medida protecionista de curto prazo para barrar a concorrência de importados, sobretudo coreanos e chineses.

A ideia original, traçada na política industrial Brasil Maior, anunciada em agosto, era reduzir o IPI até julho de 2016 para que as montadoras que utilizassem alto índice de componentes regionais (Brasil e Argentina) investissem em inovação e eficiência energética. As montadoras resistiram e o governo decidiu inverter a lógica: fábricas que utilizem menos de 65% de conteúdo local ou regional terão elevação de IPI até dezembro de 2012. Até lá, governo e montadoras continuarão a negociar.

Um dos motivos que levaram o governo a abandonar a redução de IPI foi a falta de garantia no repasse da renúncia fiscal ao consumidor. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que as montadoras se comprometeram a não elevar seus preços, apesar da redução da concorrência.

Eram muitos os sinais de que as negociações caminhavam mal. Na semana passada, o Estado publicou em primeira mão a informação de que o governo tendia a desistir do corte do IPI. Já na ocasião, a causa era a falta de entendimento com as montadoras. Nos últimos dias, os comentários nos bastidores eram de que um acordo estava longe e não haveria condições de anunciar o novo regime automotivo no curto prazo.

Foi surpreendente, portanto, a notícia de que o novo regime automotivo seria anunciado hoje, por decisão de Mantega. A notícia pegou de surpresa até o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que tinha agenda fora de Brasília. Mantega marcou reunião com Pimentel para a tarde de ontem. Sindicalistas foram chamados a tomar conhecimento da medida e o anúncio foi antecipado. Mas, em vez do novo regime automotivo, o que veio foi o aumento. / COLABORARAM CÉLIA FROUFE E ADRIANA FERNANDES

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