Título: Desemprego assusta menos o brasileiro
Autor: Samarco, Crhristiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/10/2011, Economia, p. B7

Os brasileiros nunca estiveram tão seguros em relação a seus empregos, segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O chamado Índice do Medo de Desemprego medido pela entidade recuou 3,9% em setembro na comparação com julho e chegou a 78,7 pontos, seu menos nível desde maio de 1996, quando o indicador foi criado.

Em relação a setembro do ano passado, o medo do desemprego caiu 2,9%. Para a CNI, o resultado da pesquisa reflete o bom desempenho do mercado de trabalho no País e a proximidade do fim do ano, período marcado pelo aumento das contratações.

Em setembro, a parcela dos entrevistados que afirmou não ter medo de perder o emprego subiu de 53,6% para 57%, recorde para essa resposta. Já a fatia que disse ter medo do desemprego recuou de 11,5% para inéditos 12,8%.

O porcentual dos que tem pouco medo de ficarem sem trabalho se manteve ligeiramente estável, caindo de 31% para 30,2%. Foram ouvidas 2.002 pessoas em todo o País entre os dias 16 e 20 do mês passado.

Embora os dados do IBGE mostrem que a taxa de desemprego continua baixa no Brasil, não passando de 6% nos meses de julho e agosto, a geração de vagas desacelerou. Tanto que o País não deve alcançar a meta do governo de 3 milhões de novos postos com carteira assinada este ano. O próprio ministro Carlos Lupi, admite uma estimativa inferior à original de cerca de 2,7 milhões de novas vagas em 2011. Ainda assim, o desempenho do mercado de trabalho é expressivo, sobretudo quando comparado coma situação verificada nos Estados Unidos e na Europa, que não conseguem se desvencilhar dos efeitos da crise mundial.

O Brasil gerou 1,825 milhão de empregos formais até agosto.