Título: Aplicações dos mais ricos crescem 23% em setembro
Autor: Scrivano, Roberta
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/11/2011, Economia, p. B5

Os clientes de alta renda possuíam R$ 429,6 bilhões aplicados nas áreas private dos bancos no fim de setembro, segundo números divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O aumento é de 23% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação entre os dados de setembro com os de dezembro de 2010, a expansão foi de 15%.

O número de clientes de alta renda com aplicações na área private chegou a 64,9 mil, com expansão de 6,3% ante setembro do ano passado. No geral, esses clientes possuem individualmente, cerca de R$ 1 milhão aplicados.

Do total dos recursos administrados dos clientes mais endinheirados, R$ 101,6 bilhões estão aplicados em fundos abertos de investimento (como renda fixa, multimercados e ações).

Outros R$ 77 bilhões estão investidos em fundos fechados ou exclusivos, que são carteiras criadas especificamente para grandes investidores.

Cerca de R$ 214 bilhões estão investidos diretamente em ativos como ações de empresas e títulos de renda fixa emitidos pelo governo. Já R$ 14 bilhões estão aplicados em planos de previdência complementar.

Com a queda da bolsa de valores em meio à crise financeira internacional que afeta principalmente a Europa, as aplicações na renda variável tiveram perda de recursos.

Nos fundos de ações, o patrimônio em setembro era 29% menor que 12 meses atrás. Nas compras diretas de ações, a queda foi de 9%.

Poupança. Os clientes mais endinheirados não costumam aplicar muito na caderneta de poupança. Do total de recursos nas áreas private dos bancos, apenas R$ 3,4 bilhões (ou 0,8% do total de ativos) estão nesse tipo de investimento.

Mesmo assim, houve crescimento de 69% do dinheiro investido na caderneta de poupança nos 12 meses encerrados em setembro.

O Estado de São Paulo é onde está aplicada a maior parte dos recursos nas áreas private, com 56% do total de ativos. Em seguida, aparece o Estado do Rio de Janeiro e a Região Sul, com 17% e 13%, respectivamente. Os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo possuem juntos 5% das aplicações.