Título: Aldo cancela convênio com cartolas
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Fonte: O Estado de São Paulo, 05/11/2011, Nacional, p. A8

O projeto da Sindafebol para cadastrar torcidas organizadas levou R$ 6,2 mi e não saiu do papel 05 de novembro de 2011 | 3h 05 Notícia A+ A- Assine a Newsletter BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo Com carta branca do Planalto para montar a equipe e rever convênios suspeitos, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, patrocinou ontem a primeira ruptura com a gestão de Orlando Silva. Por ordem de Aldo, a pasta cancelou o convênio com o Sindicato Nacional das Associações de Futebol (Sindafebol) para cadastramento de torcidas organizadas.

No final de agosto, o Estado revelou que a gestão do então ministro Orlando Silva repassara R$ 6,2 milhões ao sindicato de cartolas, presidido pelo ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi, para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.

O contrato, que ontem foi oficialmente rescindido, tinha sido assinado no dia 31 de dezembro de 2010 e todo o dinheiro liberado, de uma vez só, em 11 de abril deste ano. O projeto, porém, nesse período jamais andou.

A rescisão do contrato foi uma primeira medida de impacto tomadas pelo novo ministro do Esporte, que também é do PC do B. Mesmo palmeirense e amigo de Mustafá, Aldo achou prudente não prosseguir com o convênio.

Na costura do convênio, o Ministério do Esporte foi célere em aprovar o acordo, entre novembro e dezembro de 2010, com base em orçamentos e atestados de capacidade técnica apresentados pelo sindicato de cartolas.

O negócio rápido e milionário teve um empurrão oficial de Alcino Reis, assessor especial de futebol do ministério e homem de confiança do então ministro Orlando Silva.