Título: Empresas pedem novo tratado europeu
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Fonte: O Estado de São Paulo, 09/10/2011, Economia, p. B16

Confederações da França, Alemanha e Itália divulgam comunicado conjunto em que defendem soluções contra falhas da zona do euro

As maiores confederações de empresas da França, Alemanha e Itália pediram ontem uma maior integração europeia, com a criação de um novo tratado para resolver "as atuais falhas da zona do euro".

"Para que haja a criação das bases para uma Europa próspera e politicamente forte no século 21, pedimos à União Europeia que comece a trabalhar em um novo tratado, o qual seria um novo passo em direção à uma maior união política e econômica", disseram as confederações francesas Medef, a alemã BDI e a italiana Cofindustria.

Em nota conjunta, as confederações pediram por "finanças públicas sólidas", economias competitivas, "compromissos políticos" e uma "Europa forte".

Ao pedir aos líderes europeus que implementem rapidamente as medidas já acordadas, destacaram que "a questão da capitalização adequada dos bancos é uma condição para a solução da atual crise e que deve ser tratada como tal pelos líderes políticos".

O novo tratado deveria, entre outras coisas, "transformar o Mecanismo de Estabilização Europeia em um fundo independente, capaz de operar de acordo com regras claras e transparentes". O mecanismo está previsto para substituir o atual Fundo de Estabilidade Financeira Europeia até 2013.

"Não há motivo para que a economia real entre em crise. O mundo da economia real está intacto. Muitos empresários europeus são líderes mundiais em seus domínios. As perspectivas econômicas globais continuam plenas de promessas", disseram as três confederações.

"A Europa e a zona do euro não são as causas únicas da profunda crise de confiança que atinge os mercados financeiros internacionais, mas têm sua parte. Diante dessa situação, a Europa deve se comprometer resolutamente a recuperar a confiança", disseram.

Reunião. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, conversou ontem em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, mas não fez qualquer comentário na entrada ou saída, uma hora depois, do Palácio Elyseé.

A conversa antecede a viagem de Sarkozy a Berlim, hoje, quando se reúne com a chanceler Angela Merkel, uma vez que os líderes da zona do euro buscam um plano para recapitalizar bancos superexpostos à dívida soberana na região. Na sexta-feira, a Comissão Europeia deu 10 dias aos chefes de Estado para que concordem sobre um plano para fortalecer as instituições financeiras. / DOW JONES NEWSWIRES

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