Título: Dilma lança vacina eleitoral para Enem
Autor: Monteiro, Tânia ; Moura, Rafael Moraes
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/01/2012, Nacional, p. A6

Na saída de Fernando Haddad da pasta da Educação para disputar Prefeitura, presidente cria discurso de defesa do controverso exame

Para tentar imunizar o candidato petista à Prefeitura de São Paulo de críticas durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff usou cerimônia ontem no Planalto para elogiar o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e, com isso, procurar blindar Fernando Haddad, que deixa hoje o Ministério da Educação.

Na solenidade, que marcou a despedida de Haddad do cargo, a presidente não apenas elogiou o ministro, como aproveitou para fazer a defesa do Enem. A prova foi alvo de erros e problemas, como o vazamento de questões, e transformou-se em marca negativa da gestão de Haddad que os adversários pretendem atacar.

"É a forma mais democrática de acesso dos jovens brasileiros ao ensino universitário", afirmou Dilma sobre o Enem. "É um exemplo da determinação do ministro Fernando Haddad no sentido de assegurar uma transformação e uma "deselitização" do ensino universitário no País."

Para afastar o fantasma do Enem, o governo federal fará duas edições do exame só em 2013, o que evitaria desgastes para Haddad na disputa. Neste ano, a edição de abril foi cancelada e haverá provas apenas em novembro, após um eventual segundo turno das eleições.

Dilma reconheceu que o Enem enfrenta problemas, mas afirmou que ele "é um grande caminho" e classificou o vestibular como "sistema antigo e antiquado" e "elitista". Para justificar os problemas do Enem, a presidente comentou: "Nós somos seres humanos. Quando tem erros, a gente tem de aprimorar; ninguém está dizendo que nada é perfeito; está dizendo que (o Enem) é um grande caminho".

Numa cerimônia esvaziada pelo recesso parlamentar, a ponto de cadeiras vazias terem sido recolhidas do salão do Palácio, e marcada pela ausência da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que também desejava concorrer à Prefeitura, Haddad disse que era "justo poder celebrar a conclusão de um ciclo".

TÂNIA MONTEIRO, RAFAEL MORAES MOURA, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Para tentar imunizar o candidato petista à Prefeitura de São Paulo de críticas durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff usou cerimônia ontem no Planalto para elogiar o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e, com isso, procurar blindar Fernando Haddad, que deixa hoje o Ministério da Educação.

Na solenidade, que marcou a despedida de Haddad do cargo, a presidente não apenas elogiou o ministro, como aproveitou para fazer a defesa do Enem. A prova foi alvo de erros e problemas, como o vazamento de questões, e transformou-se em marca negativa da gestão de Haddad que os adversários pretendem atacar.

"É a forma mais democrática de acesso dos jovens brasileiros ao ensino universitário", afirmou Dilma sobre o Enem. "É um exemplo da determinação do ministro Fernando Haddad no sentido de assegurar uma transformação e uma "deselitização" do ensino universitário no País."

Para afastar o fantasma do Enem, o governo federal fará duas edições do exame só em 2013, o que evitaria desgastes para Haddad na disputa. Neste ano, a edição de abril foi cancelada e haverá provas apenas em novembro, após um eventual segundo turno das eleições.

Dilma reconheceu que o Enem enfrenta problemas, mas afirmou que ele "é um grande caminho" e classificou o vestibular como "sistema antigo e antiquado" e "elitista". Para justificar os problemas do Enem, a presidente comentou: "Nós somos seres humanos. Quando tem erros, a gente tem de aprimorar; ninguém está dizendo que nada é perfeito; está dizendo que (o Enem) é um grande caminho".

Numa cerimônia esvaziada pelo recesso parlamentar, a ponto de cadeiras vazias terem sido recolhidas do salão do Palácio, e marcada pela ausência da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que também desejava concorrer à Prefeitura, Haddad disse que era "justo poder celebrar a conclusão de um ciclo".