Título: Gabrielli deve anunciar contratação de sondas
Autor: Domingos, João ; Ogliari, Elder
Fonte: O Estado de São Paulo, 27/01/2012, Economia, p. B6

A estratégia para obter as sondas é apontada como um dos motivos de divergência entre o executivo e o governo

O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a decisão sobre a contratação de 21 sondas de perfuração, que vão operar inclusive nas áreas do pré-sal, deve ser anunciada antes de sua saída da empresa. A estratégia para a obtenção dos equipamentos é apontada como um dos motivos de divergência entre o executivo e o governo, o que Gabrielli nega veementemente.

O governo defende que as sondas sejam construídas no Brasil, embora haja restrições de capacidade. Das 28 sondas do projeto inicial, sete já foram contratadas. Após o cancelamento da licitação, no mês passado, a Petrobrás agora negocia a contratação das demais com duas empresas.

É esse processo que deve ter o resultado divulgado antes do dia 9 de fevereiro, quando acontece a reunião do conselho de administração que deve aprovar a saída de Gabrielli e a nomeação de Maria das Graças Foster para a presidência da estatal.

Gabrielli voltou a negar a existência de conflitos com o governo. "Há diferenças normais de opinião, isso não é conflito", disse em entrevista ao Estado, em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. "Não é verdade que saí porque discordei, não é verdade que saí por causa da licitação de sondas."

Quatro empresas devem apresentar propostas à Petrobrás no processo de licitação em andamento para fornecimento de 16 conjuntos de geração de energia acionados por turbinas a gás, num contrato de cerca de US$ 325 milhões, segundo uma fonte ligada ao processo.

Possivelmente participarão da disputa Dresser, GE, Rolls Royce e Siemens. As propostas serão entregues no dia 9 de fevereiro. A decisão, portanto, ficará a cargo da nova gestão da estatal. As mesmas empresas apresentaram propostas no último processo de licitação para fornecimento de 32 conjuntos para gerar energia para os campos de Guará e Lula (ex-Tupi), em águas profundas da bacia de Santos. O contrato total soma US$ 650 milhões. A disputa foi vencida em novembro passado pela Rolls Royce, com turbinas com capacidade para entre 25MW e 34MW.

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