Título: Área de segurança ganha relevância dentro da empresa
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Fonte: O Estado de São Paulo, 17/01/2012, Negócios, p. B13

A Embraer deve elevar a participação da área de defesa e segurança no seus resultados. Em 2011, o montante deve chegar a 14% da receita da empresa, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Carlos Aguiar. Em 2006, o segmento respondia por apenas 6% dos negócios. "Para 2020, queremos conquistar 25% do total dos negócios", afirmou Aguiar.

A EDS está desenvolvendo um software para integrar sistemas de segurança dos governos estaduais e federal, com foco em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. "A gente quer aproveitar a oportunidade nessa área", disse Aguiar.

Segundo o executivo, cada Estado está investindo em sistemas de segurança para receber esses eventos, mas eles ainda "não se falam entre si". "Tem um papel que a Embraer Defesa e Segurança pode cumprir nisso, que é fazer a integração, criar um sistema de maneira que você dê uma eficiência a isso."

Mas, mesmo diante das boas perspectivas para o setor de segurança e defesa, não é possível pensar em uma separação da unidade da Embraer, afirmou o executivo.

"Essa área dá uma estabilidade grande à própria Embraer. Ela mitiga um pouco os riscos do negócio de aviação civil", diz Aguiar. A aviação comercial tem uma correlação muito forte com o resultado do produto interno bruto, o que não ocorre na mesma intensidade na área de segurança e defesa, justifica o executivo. / REUTERS