Título: Incorporadoras promete metas menos audaciosas
Autor: Chade, Jamil
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/01/2012, Economia, p. B5

Queda no ritmo das vendas, pressão dos custos e atrasos nas entregas de 2011 fizeram empresas reverem suas projeções o setor da construção civil apresentou um crescimento significativo ao longo de 2011, mesmo em meio à pressão dos custos, atrasos nas entregas de projetos e queda no ritmo das vendas de imóveis. Esses fatores forçaram as empresas a diminuir as metas de lançamentos e provocaram uma queda das ações na bolsa.

Depois de toda essa agitação, porém, construtoras e incorporadoras prometem metas menos audaciosas em 2012, com foco na rentabilidade e redução dos níveis de endividamento.

"O novo ano terá metas mais comportadas", disse à Agência Estado o diretor de Relações Institucionais da Gafisa, Odair Senra. Segundo ele, a empresa será mais seletiva em relação aos empreendimentos de que participará;-Guscando ampliar o controle de custos e a margem de ganhos. "Para isso, vamos nos concentrar nas obras em que nossa experiência é maior", explicou.

A mesma estratégia foi anunciada nas últimas semanas do ano por empresas como Rossi, Rodobens e Cyrela.

"Quando tínhamos a meta de dobrar de tamanho, a seleção (de projetos) não era possível", afirmou o presidente da Rossi, Leonardo Diniz, durante reunião com analistas em dezembro.

No mercado de construção a taxa de crescimento dos lançamentos deve ser de 9% em 2012, uma queda anti expectativa anterior de expansão de 11% em 2011, prevê o Banco Fator, em relatório.

A redução das perspectivas ocorre após um ano conturbado para as incorporadoras. Um dos principais problemas foi os atrasos nas entregas de projetos, motivados por falhas no planejamento do alto número de lançamentos, prazos maiores para obtenção das licenças e falta de insumos e mão de obra no mercado.

Este último ponto também desencadeou uma pressão muito forte sobe os custos. O Índice Nacional da Construção (INCC) subiu 7,84% nos últimos 12 meses encerrados em novembro. Entre os seus três componentes, a principal elevação foi registrada entre os custos de mão de obra, que cresceram .1.1,39% no período. Circe Bonatelli

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