Título: Área ganhará institutos da USP e Unifesp
Autor: Ferraz, Adriana
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/01/2012, Metrópole, p. C4

A partir de março, parte da área que sofrerá intervenção no Valongo já terá novos donos. Os armazéns 7 e 8 serão assumidos, respectivamente, pelas Universidades Federal de São Paulo (Unifesp) e de São Paulo (USP), que montarão no local dois institutos de ensino.

A criação de um polo educacional na região é considerada essencial para dar vida ao plano de revitalização. A movimentação de alunos diariamente pelo local vai assegurar faturamento à futura rede de serviços formada por restaurantes, bares e lojas. E dará visibilidade à proposta.

Segundo a diretora acadêmica do câmpus da Unifesp na Baixada Santista, Regina Spadari, o armazém 7 receberá o laboratório do Instituto de Ciências do Mar. "Em função da interface com o mar, será um laboratório úmido, que receberá material para análise. Assim que tomarmos posse, definiremos todos os detalhes. Por enquanto, só temos ideias."

A Unifesp iniciará neste ano o bacharelado interdisciplinar em Ciências do Mar. O foco é oferecer, em três anos, capacitação para quem pretende trabalhar com Engenharia de Petróleo, Energias Renováveis, Pesca, Oceanografia e Vida Marinha.

A proposta da USP é mais ousada. A partir da instalação da base de seu Instituto Oceanográfico no armazém 8, a universidade terá um ponto fixo para atracar seu novo navio de pesquisa. O Moana permitirá a realização de estudos em oceano profundo em temas como a oceanografia da região do pré-sal.

Petrobras. A nova sede da Petrobras em Santos também fica no Valongo. O projeto, já em obras, prevê a construção de três torres, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas cada uma. O primeiro prédio, com 13 andares, deverá estar concluído no segundo semestre de 2013 e ocupará parte do terreno de 25 mil m² localizado atrás do Santuário Santo Antônio do Valongo.

O complexo contará com bicicletário, restaurante e três auditórios, além de um museu. A Petrobras também prevê transformar parte de um antigo galpão da rede ferroviária no Museu do Petróleo. O investimento total está avaliado em R$ 380 milhões. Segundo a empresa, é motivo de orgulho contribuir para a revitalização do centro de Santos./ A.F.